São Mateus: A cidade histórica que foi lar de índios e africanos

São Mateus: A cidade histórica que foi lar de índios e africanos

O tombamento é o principal instrumento legal para proteção dos bens considerados de interesse de preservação. Na definição de Carlos Lemos (16), o tombamento é um atributo outorgado ao bem cultural “escolhido e separado dos demais, para que, nele, fique assegurada a garantia de perpetuação da memória”. Esta definição nos remete a pensar o tombamento também como uma seleção que forma uma coleção de bens. Elucidando o significado do tombamento, Lemos acrescenta que “tombar, enquanto for registrar, é também igual a guardar, preservar”.

São Mateus, localizado no Espírito Santo, é uma cidade com uma história fascinante que remonta ao período colonial. Fundada em 1544, a cidade tem um rico patrimônio histórico, incluindo igrejas centenárias, casarões coloniais e ruas de paralelepípedos que contam histórias de um Brasil antigo. Ao longo dos séculos, São Mateus se transformou em um importante centro comercial e cultural da região. Hoje, a cidade continua a crescer e atrair novos moradores. Para aqueles interessados em se estabelecer nesta cidade histórica, existem diversas Casas à venda em São Mateus, oferecendo a oportunidade de viver em um lugar que combina tradição e modernidade.

História da cidade de São Mateus

A esse labor escravo deve-se o progresso da região mateense e de seu porto, inaugurado em 1680. Por fim, a 12km do centro da cidade está a Ilha de Guriri, que além de praias de água morna está a famosa Casa de Cabeça para Baixo, que tem atraído muitos curiosos. A curiosa casa foi construída por um pedreiro aposentado atraindo diversos turistas para fazer visitação ao local.

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A construção desses prédios deu origem a um grande aglomerado de casas em torno de um largo que servia como terreiro para a carga e descarga dos navios que aportavam em São Mateus. Os casarões foram tombados pelo Conselho Estadual de Cultura em 1976. A praia de Urussuquara fica localizada na divisa com o município de Linhares, e possui vegetação de restinga no alto da orla, areia fina e amarelada em alguns trechos, dunas, manguezais, um trecho com Mata Atlântica e a foz do Rio Barra Seca. Seu mar é muito forte, sendo propício para a prática de surf e a pesca de Robalo.

São Mateus: um sítio para lá de histórico

A Igreja Velha, por exemplo, fica no centro do município e diz muito sobre as tradições locais. A atração é datada do século XIX e é toda projetada em estilo colonial. Uma curiosidade é que a igreja começou a ser construída para se tornar o maior centro religioso da cidade, entretanto, nunca teve suas obras totalmente finalizadas. A Praia de Guriri é uma das principais praias de São Mateus e também uma das mais visitadas. A orla está situada em uma ilha, a 12 km do centro, e é ideal para relaxar e curtir com os amigos. No local, é possível aproveitar um mar de águas mornas, uma faixa de areia agradável e um visual único.

O tombamento do Porto de São Mateus foi instituído por meio da Resolução no01/76, datada de 18 de outubro de 1976, quando presidia o Conselho Estadual de Cultura o professor Arabelo do Rosário. Esse tombamento abarcou 33 edifícios, térreos e sobrados, tendo sido a primeira iniciativa de tombamento de nível estadual no Espírito Santo, destaca Hermanny (15). Releva informar ainda que os estudos precedentes ao tombamento de São Mateus foram feitos em 1975, por um grupo de trabalho guiado pela professora Maria Cecília Jahel Nascif. Segundo Hermanny (12), o bom desenvolvimento da região portuária subsiste até década de 1920. A propósito dos anos 20, vale registrar que o primeiro jornal mateense saiu em 6 de fevereiro de 1927. Também foi por iniciativa de Thomé Couceiro de Abreu que se delineou o primeiro traçado oficial de ruas, informam Nardoto e Lima, acima citados.

Por que a cidade de São Mateus ES recebeu esse nome?

Além do município anfitrião, participarão representantes dos municípios de Nova Venécia, Jaguaré, Linhares, Mucurici, São Gabriel da Palha, Água Doce do Norte e Baixo Guandu. Acontece neste final de semana, no bairro Pedra D’Água, a centenária festa de Santos Reis de São Mateus. Cerca de 10 grupos folclóricos de toda a cidade se reunirão no bairro para celebrar a devoção religiosa e a representação cultural das comunidades. É comum encontrar nas principais famílias mateenses matriarcas de origem indígena, visto que os primeiros colonizadores viram-se obrigados, para povoar essas terras, miscigenar-se com os nativos. O município de São Mateus é composto na sua maioria da miscigenação de Índios, Italianos, Portugueses e Africanos, possuindo ainda influencia germânica e asiática.

No entanto, várias famílias que desembarcaram no município foram encaminhadas para um assentamento às margens do Córrego Bamburral.

No entorno do barracão utilizado como entreposto por Antonio Cunha, localizado a aproximadamente 30 km acima de sua fazenda na Cachoeira do Cravo, formou-se um núcleo urbano. Os italianos o denominaram Nova Venécia, para lembrar a cidade de Veneza, capital da região do Veneto, na Itália, de onde veio a maioria dos imigrantes. Atualmente a região denominada Sapê do Norte, composta por mais de trinta comunidades quilombolas, etá empenhada em retomar seus territórios tradicionalmente ocupados e dar continuidade a seu processo de emancipação. Não há data precisa da chegada dos primeiros colonos, nem a indicação dos seus nomes, mas, pela tradição oral, os primeiros colonizadores portugueses chegaram a São Mateus por volta de 1544. Há notícias de que, sobressaltados com as freqüentes investidas dos índios, os colonos de Vasco Fernandes Coutinho dividiram-se em grupos abandonando a Capitania, fugindo para as capitanias mais próximas, ou dirigindo-se ao interior.

O Matheense Football Club tem sua data de fundação incerta, porém anterior à 1922. Seu melhor desempenho em campeonatos estaduais foi o Vice-Campeonato Capixaba da Série B em 1994. Seu estádio, Estádio Othovarino Duarte dos Santos, mais conhecido como Estádio do Matheense, possui capacidade para cerca de 1.000 pessoas.

Na parte superior da torre está o túmulo de Dom José Davit, primeiro bispo de São Mateus. Por volta de 1751, a região era uma província que pertencia à Comarca de Porto Seguro, cidade da Bahia. As ruas passaram a ser medidas, e a única construção que se tinha conhecimento era a Igreja Matriz, situada na praça principal do município e que até hoje se mantém com a estrutura original, recebendo reparos ao longo do tempo. São Mateus situa-se entre as cidades mais antigas do país e possui um dos mais expressivos conjuntos arquitetônicos coloniais do estado como o Casario do Porto, tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1976.


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