A importância da família na recuperação de um dependente químico

Este é um aspecto fundamental que a Clínica Up Life desenvolve com as famílias antes, durante e depois da internação. Os achados deste estudo ressaltaram que o grupo instrumentaliza e fortalece os familiares para a convivência diária e para o cuidado com seu ente dependente, conforme a literatura. Assim, o grupo se constitui em fonte contínua de conhecimento que motiva e incentiva a família ao engajamento e permanência aderida no tratamento. Para o processo analítico dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo temática. Na primeira análise foram realizadas a leitura e a organização das entrevistas transcritas. Na fase seguinte, denominada de exploração, procedeu-se à leitura, linha por linha, do material coletado, o qual apontou frases que abordavam a participação da família no tratamento, os motivos da família em permanecer no tratamento, bem como o seu papel na terapia.

O diferencial deste tratamento é efetuar as sessões na casa das famílias, ou em suas comunidades. Seus proponentes acreditam que desta forma, conseguem diminuir a resistência da população de jovens infratores com que trabalha, uma vez que promovem a aliança terapêutica. Os serviços clínica de recuperação plano de saúde são adaptados às conveniências de horário tanto da família quanto do terapeuta, inclusive nos fins de semana. Propõe-se a enfocar a intervenção que se vale do apoio da família e dos amigos e pode ser administrada em ambulatório tendo, como objetivo primeiro, a abstinência.

Tais resultados dão suporte à eficácia diferenciada dos tratamentos de família em produzir mudanças de curto e médio prazo. Na clínica, há terapias e orientações que são voltadas para os familiares, e assim, todos aqueles que estão próximos da pessoa estarão preparados para ajudá-lo a vencer o desafio diário que é permanecer longe das drogas ou do álcool e voltar a ter uma vida normal. Por isso a importância da família na recuperação do dependente começa nas tentativas de diálogo, saber se aconteceu algo que motivou tudo isso, e principalmente colocar-se a disposição se o dependente precisa de algo.

O apoio da família na recuperação de dependentes químicos

Como lidar com o retorno do dependente químico para casa?

Essa permuta de experiências, apesar das singularidades de cada família, promove reflexões, mútua ajuda e estimula a busca de sentidos únicos e diferentes nessa trajetória de cuidar-se e cuidar do outro. A sensação da família, participante deste estudo, em não se sentir sozinha na trajetória terapêutica, e poder compartilhar a sua experiência, possibilitou-lhe sentir-se aliviada e pertencente ao grupo. Além disso, ela reconheceu que seus problemas eram simples e fáceis de serem enfrentados diante daqueles expressos por outros membros, conforme estudos. A família reconheceu seu papel singular na recuperação do membro em tratamento e adesão terapêutica, ao ofertar suporte ao usuário.

Primeiro, o envolvimento e o apoio dos membros da família desempenham um papel significativo na recuperação de pacientes com dependência. Os grupos de apoio às famílias de viciados em drogas servem como uma ajuda importante na recuperação do indivíduo, bem como da comunidade desse indivíduo. A recuperação de dependente químico na família traz novos desafios para todos, não apenas para o paciente. A boa notícia é que, com suporte familiar e auxílio adequado, é possível sobrepor esses desafios e fornecer um apoio eficaz para a recuperação.

A dependência química afeta as relações

O autor obteve resultado, na medida em que 47% dos alcoólatras entraram em tratamento, ou melhoraram o seu funcionamento, quando algum membro de sua família compareceu ao treinamento. As famílias percebem quando um ente querido está passando por problemas com substâncias entorpecentes, e quase sempre oferecem ajuda à pessoa nesta difícil situação. Entretanto, é comum que o próprio dependente químico recuse esta ajuda, por orgulho ou por achar que o seu problema não é digno de auxílio externo. A dependência química, nos dias de hoje, corresponde a um fenômeno extremamente divulgado e discutido devido ao uso abusivo de substâncias psicoativas, que tornou-se um grave problema social e de saúde pública na sociedade. Edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial de Saúde , como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetitivo de determinada substância. A dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa especifica (por exemplo, o fumo, o álcool ou a cocaína), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiácias) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes.{

Os desafios do tratamento do dependente químico

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Os especialistas costumam dizer que os adictos substituíram o relacionar-se com pessoas por um relacionar-se com a substância de abuso. Então, é necessário buscar relações de cura nos grupos mais próximos que formam, para a NT, o grupo atuante como substrato para a mudança terapêutica. Através do tratamento, essa rede provê coesão e suporte ao adicto, diminui a possibilidade de ocorrência do mecanismo de negação, e promove a concordância com o tratamento. Torna-se cada vez mais claro que quanto maior o suporte que um adicto ou um usuário abusivo possa reunir, maiores as chances de consecução e manutenção da abstinência, bem como de mudanças de comportamento.

O Al-Anon se utiliza dos mesmos princípios e valores difundidos pelos Alcoólicos Anônimos — entre eles, osDoze Passos—, oferecendo um ambiente seguro e acolhedor para orientar a família sobre como lidar com o alcoolismo e auxiliar na recuperação. “Intervenções Farmacológicas” ­ são usadas principalmente com adultos no tratamento de sintomas graves de dependência a drogas. Com adolescentes, podem ser utilizadas para a desintoxicação e tratamento de co-morbidade.

A MDFT vem de uma tradição de terapia ou psicoterapia de família e a MEI é mais estruturada e orientada para a psicoeducação. MDFT e AGT focam o indivíduo adolescente, apesar de utilizarem formatos diversos ­ a primeira focaliza a família e a segunda, o grupo de amigos. Utilizam o formato de grupo semi-estruturado e consideram que a influência dos amigos é o mecanismo primário de mudança.


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